Quando chegar a verão
As flores devem morrer
Os espinhos da rosa murcharão
Para que outro alguém possa renascer
Quando chegar o verão
Ficam para trás sonhos de outras areias
Que abandonaram deserto o meu coração
Mas criaram ramos nas suas veias
Ao mês de março que me foi querido
Deixo a esperança morta à sede de água
Deixo partido e curado em mágoa
O meu amor num dezembro ferido