Se cair da janela
E engrossar as pedras à calçada
Não será luz o fogo da vela
Não serão água as minhas lágrimas
Uma pasta rúbia toda ela sem querer
Amolga o osso e espreme empada
Quem és tu? Quem de quê?
Eles querem tudo que não são nada
Aos mundos lhes resta o acocorar
A hóstia colada ao Céu da boca
A cúpula ao templo hão-de pintar
De outra cor que a sua é frouxa
E essa tinta que lhes inunda o coração
Seus violinos de tingir roupa
Em caso de gangrena amputar a mão
Cortar as cordas que a voz é rouca
XXIV / V / MMXIII
Luís Alves Carpinteiro
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