sábado, 29 de novembro de 2014

NEVES ETERNAS


Nunca fecho os olhos tempo suficiente
Para voar…

Agrilhoado por sob a terra
Rastejo por debaixo do mundo
Imploro aos anjos que distendam
A tal escada celestial…

Contenho em mim grãozinho na asa
Cachos de uva de Dioníso
Descarnam-mo apetite lascivo da carne
Junto-me as bruxas, ó floresta virgem 

Quero a rota vertical!
Quero ascender pela mente enevoada!
Quero alimentar-me do pó dos mortos!
E viver nas neves eternas


XXIX - XI - MMXIV

Sem comentários:

Enviar um comentário