quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Retrato de um Relâmpago



Quero beber o quanto chove!
Quero chorar o quanto morre!
(…)

Chuva oblíqua cai às margens
Ventos sopram mil aragens
E o céu que ruge e não se embala

Vou disparar a lei da bala!
Vou ser centro de tensão!
Vou jogar-me ao mundo, ao chão!

Ei-de inundar os passeios desocupados
Ei-de dormir, deserto frio e sem aragem
Ei-de dançar os mudos ritmos sincopados
E ver o mundo pelos olhos da paisagem


XIX - XI - MMXIV

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