sábado, 20 de abril de 2013

FANTASMA (Ghost)


quero divagar,
deambular,
azarar,
quase que me esqueço,
se a realidade não meço,
quando minha carne não tem preço.
Essas ruas,
são de ninguém,
quem as tem?
alguém, eu não.
Não quero mais julgar,
essa fortuna, esse azar,
que me esvazia, gota a gota.
Tortuosa existência,
ser dono dessa "sapiência"
me chega estéril, infrutífera.
Sou cego do meu ser
Sou cego e não quero ver
Sou aquele que nunca foi
Fantasma e não se decompõe

Luís Alves Carpinteiro
XVII / IV / MMXIII


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