Os rostos dos espectadores análogos a luas flutuantes
Ainda assim não se vê vivalma
Um grilhão em torno de pernas e pescoço
O corpo é a única coisa que nos impede de flutuar
Tenho margaridas a tapar-me a vista
Searas de corpos ou desnudos ou desmembrados
Aldeias, cidades, gente por cima de gente
Mares de braços, praias de pernas
O Mundo dança à roda à roda
Ginga uma dança e África pula
A anca balança e o Japão treme
A América dos verdes dos brancos e dos vermelhos
O Mundo uma panela cheia de odores e possibilidades
O algodão do tempo traz e leva a sabedoria
E a alma vai caindo num poço sem fundo
XXII / II / MMXIV
Luís Alves Carpinteiro
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