quinta-feira, 21 de março de 2013

CIDADE DO AMOR (City of Love)


Nas pútridas margens do teu olhar
Revejo as saliências e as indulgências do teu (a)mar
Que me cegam no fétido ardor
Que exalo da bosta que me fazes sentir!!!
Quando as sardas me picam o rubor ao sangue
Corre a nascente sem nada decidir
Enquanto me percute a pele do tambor
As bombas me ribombam ao demolir
Semeando etereamente a semente do horror
Cortando as pernas à terra onde se fazem expandir
Tudo queima, o bem-estar alcança
Quem morre é o tédio, o perene tédio que lança
Às torres aos castelos da Cidade do Amor
Onde as belas ninfas se copulam sem pudor
Como este poeta que jaz agora sem cor
O meu amor vai-te induir
As cores que agora o tingem são incolores
Meus fantasmas deslavados que urrem de dores

Luís Alves Carpinteiro
XX / III / MMXIII



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