Entregues às larvas e aos percevejos
Dos chás de tília aos licorosos de poejos
Olha só como ela balança
Ginga triunfante a dança que a cansa
Trespassava-a possessiva a lança que a amansa
Seu corpo vibra sobre contornos deliciosos
Recheados dos seus perfumes delicados e joelhos airosos
Do oiro que me encandeia eu bebo a bonança
Que alcança vingança nos dias chuvosos
Açambarca a cobrança que lhe revira os olhos
Do decote ao precipício tudo a encanta em suaves molhos
Uma mulher partilham por entre gemidos e espasmos epilépticos
Gemidos fingidos que pela tequilla os toma
Vigorosos e cambaleantes
Da linha lhes resta o cérebro frito no refogado
Seu vulto louco e embriagado
Que por vielas jaz no sono endiabrado
Que lhe trás as belas vistas das sequelas e prequelas do sentimento
No seu cipreste braço envergado
Lhe florescem umas poucas de "buñuelas"
Bem molhadas e bem viscosas
Lambidas das axilas e das mucosas
Das quais as avós sofriam o manto da opressão
Condenadas ao silêncio,
Ao temor,
E ao obscurantismo,
Uma inteira sociedade abeirada do abismo
A veia marcada do absolutismo
Que devora gerações envoltas em misticismo
Da sátira ao drama se desenrola a catarse do sentimento
A farsa que encarcera la vida sombrera
Do bigode ao poncho tudo se tolera
Até uma serpente no sapato de um bandolero violento
O curso das águas arrasta um druida agoirento
Que premoniza a guerra instigada pela fera
Gula simula o sicaro sicário
O romano que o afoga afogado em pecado
A faca que mata virada ao contrário
O sangue que esguicha do peito grelado
Que cai e ribomba bombando del cielo
Troveja o catado que cata do vento
Luís Alves Carpinteiro
IXX / III / MMXIII
Boa noite Luis:
ResponderEliminarLi o artigo ai.
Muito bom, parabens.