Levanta o volume da rádio
Refunde no decote o gládio
A sala é luxuriosa
Sua mobília é idosa
O candelabro alarma mofino
Se caio mato o menino
O biombo esconde-me da sua beleza
De me deixar de picha tesa
Seus fios são de oiro de ofuscar
Estala tisnada a pele em queimar
Como os seus seios são rosas
O seu rubor nunca me foge aos lábios
As suas pernas sobranceiras torres são
Tão desdenhosas quanto o seu coração
Quando o sinto vermelho palpitar
O meu se rende ao seu suplicar
Luís Carpinteiro
XXVIII / III / MMXIII
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