terça-feira, 11 de março de 2014

CIDADE DO VENTO



A Cidade do Vento caminha
sem perdão
E todos
Mas todos
ressentimos a saliva aos dentes
(...)
É terra de caloteiro é terra de in fusão
Seus Deuses suas folhas esvoaçam sotavento
Seus rostos de deutério quão pesado é o grilhão
Quantos rostos quantos queixos padecem de mim
Quantos condenados o vento poisou aqui
Quantos condenados o vento poisou sem fim
Quantas almas exoneradas de popa e de bikini
Destinadas a rodopiar no mais perpétuo recreio
Exaltar quão belos são os campos de centeio
Antes de nos esbardalharmos contra a sebe do infinito!
Antes de comermos ostras com Maurice Precipíce!
Tareco não sabe dar seja a quem
Tareco não sabe o que há no além
Tareco não fala quantos surdos ele sem
Tareco não conta quantos mundos ele cem
Não venero o alcance da balística do BOOOM!!
Não posso saber o que vai acontecer
Se acender uma cabeceira debaixo di tutti vela
Se deixar meu troppo corpo cair trôpego da janela


XI / III / MMXIV
Luís Alves Carpinteiro

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