sábado, 1 de março de 2014

A ESCADA

E o poeta sonhou:
Assim que o Sol nascia
E porque o Sol nascia nas alturas
Eis que a colossal escada era erigida
Para que os anjos dela ascendessem e descendessem
E para que o Senhor se sentasse no topo dela
Com a força dos mil bravos
A escada encavalitava encaracolando as nuvens
O Sol queimava-lhes o fundentro aos olhos
Vazava-lhes a lage púmblea ao suor
Na ausência de outro espaço dentro do espaço
Naquele poço-fornalha os germinara
Deus deu aos filhos a abundância que não se sabe conter
Um coração um só corpo firminabalável contra as trevas
Carburando os corações em chamas dentro deles
O Senhor tocou-os assim cálidos e sorriu

I / III / MMXIV
Luís Alves Carpinteiro



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